terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cadê o respeito, o verdadeiro respeito aos Orixás??

      
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Por : Adriana Cabrera Giglio


É lindo, realmente lindo a foto acima...Porém olhe as fotos abaixo!
Sendo bem direta é o que através deste meu artigo venho fazer uma pergunta: Cadê o respeito, o verdadeiro respeito aos Guias e Orixás?? Fico indgnada com a tamanha falta de respeito de alguns terreiros em brincar de ser um lugar de caridade! De desrespeitar um Guia falando por ele, fazendo estar incorporado para humilhar as pessoas, se esconder atrás do nome, da luz e principalmente do caráter e humildade de um Guia! Um Guia jamais vem em terra em busca de picuinhas, de conversas sem fundamento como fofocas e muito menos para tirar não sei quem de alguém, desmanchar casamentos e outras tantas coisas mais que já me enchi de ver pessoas desocupadas fazer! E não me referi mais somente à assistência não mas também à médiuns, Pai e Mães Espirituais! As Pombas Giras são as "casamenteiras" pois tantas vezes já ouvi e li sobre elas e essas Entidades de luz são sempre visadas como: a tira maridos, a que faz bruxarias!
É impressionante aonde está chegando a falta de caráter de algumas pessoas dentro da Umbanda! A falta de maturidade de entender que Umbanda é algo muito sério e ser médium é algo mais ainda!
Outro assunto bastante comentado nesta época do ano é a maravilhosa festa em homenagem à minha amada Mãe Iemanjá! Tenho recebido diversos artigos e todos eles tratam desse assunto com a mesma indgnização: a falta de respeito com o meio ambiente e com o reino aonde nossa Mãe querida mora! É impressionante a falta de respeito que a maioria dos filhos de Umbanda deixam transparecer nas areias e nas águas das praias e ano passado ao ir para praia pude ver de perto este cenário ridículo! É garrafas espalhadas, flores, restos de velas e comidas! Agora pergunto: Você acha que Mãe Iemanjá fica feliz com isso? Ela e tantos outros Guias que se servem das energias da praia para trabalhar?? Ou você, Umbandista, acha que os Caboclos são somente nas matas,o Exú e o Preto Velho no cemitério....Sim,me refiro à você que se diz Umbandista sim porque se você tem essas atitudes me desculpe mas não pode ser dito como Umbandista! Se você não respeita a morada dos teus próprios Guias como você quer exigir respeito?? Outras pessoas, Umbanditas ou não, se servem da praia também e não são obrigadas a ficar no meio do lixo que alguns irresponsáveis e com perdão da palavra, porcos, deixam à mostra! Isso pra mim é mais exibisionismo do que fazer oferenda! Ai vem depois os preconceitos que temos que aguentar calados né como: bando de macumbeiro porco, sem educação...Uns pagam sempre pelos outros!
Vamos nos conscientizar mais e deixar de ser hipócritas criando uma imagem que envergonha a Umbanda e os Guias e Orixás que nela trabalham! Vamos parar de ser o que não somos e sim procurar ser melhor e não se achar O MELHOR! Vamos parar de interpretar os Guias e deixar os mesmos trabalharem como tem que ser! E inclua sempre nas tuas oferendas ferramentas para limpar o que você ou seu terreiro sujou depois de ter feito as suas oferendas! Lembre-se que oferendas fazemos todos os dias e não é somente através de velas e comidas com bebidas para os Orixás não mas sim respeitando e colocando em prática o que você aprende com os Guias mas muitas vezes esquece!



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Praia de Boa Viagem, em Niterói, entre tantas pessoas jogando flores para Iemanjá, havia um golfinho morto na areia.
Como já nos acostumamos a ver lixo na praia depois de dias de chuvas, nem sequer nos espantamos. Se você concordou com a afirmação acima, não vai achar estranho saber que ao lado do golfinho morto, havia um monitor de computador de 15 polegadas. Poucos metros adiante, um ventilador, um capacete, duas tampas de privada e uma ratazana. Isso tudo no meio de centenas de sacos plásticos e garrafas de vidro.



Fonte das fotos e reportagem: colunas.ego.globo.com/.../

Está é a dura realidade que está continuando à acontecer em nossas praias, principalemnte na época de final de ano aonde centenas de devotos da nossa amada Iemanjá vem às praias para fazer seus pedidos, agradecimentos! Se voce gosta tanto de manter a sua casa limpa lembre-se que os Guias também gostam e muito e receber seus filhos em um ambiente limpo e agradável sem ver os seus animais mortos por irresponsabilidade de seus filhos! Os animais, como o coitado do golfinho à cima, precisam e querem viver em um ambiente longe do lixo ande eles possam procriar e ter como viver!
Axé à todos e uma terça de muita paz!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Os Boiadeiros

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                                                                                     Por: Adriana Cabrera Giglio

Vamos falar de umas das linhas mais fortes dentro da nossa querida Umbanda, a linha dos nosso queridos Boiadeiros! Os Boiadeiros são uma linha que realmente vem representando Ogum com toda sua força e o compromisso incansável de afastar espíritos sem luz, sem direção dentro e fora do terreiro! Com o chicote rasgando o ar os Boiadeiros soltam seu brado e mostram ao que eles vem realmente fazer em terra! Nunca brinque com um Boiadeiro e se o fizer está em um caminho não muito agradável! Pra ser direta nunca brinque com NENHUMA linha dentro da Umbada! Existem a linha dos Boiadeiros da estrada, da mata, das pedreiras...uma infinidade de Entidades prontas para dar luz e conselhos preciosos!
Vamos conhecer um pouco mais sobre esta linha tão iluminada!
Arrubachê seu Boiadeiro!!!!


Os Boiadeiros são espíritos de pessoas que em vida foram vaqueiros ou peões e com o manejo do gado tinham ligação. São amplamente evocados pelo plano espiritual superior para a descarga pesada do templo, de seus médiuns e seguidores. Normalmente apresentam-se como os Caboclos e são muito autoritários.
É uma linha de trabalhadores extremamente poderosa contra as demandas espirituais, são trabalhadores de grande força e também não andam sozinhos. Quando em guerra unem-se em legiões, o que os torna imbatíveis contra as forças do mal. Em seus pontos cantados, sempre de boa rima, está sempre a figura do boi e do cavalo. Simbolicamente o boi representa a situação sobre a qual não se pode perder o controle. Nas descargas espirituais afastam obsessores os quais são sempre amarrados fluidicamente e em seguida afastados do templo.
O Boiadeiro usa basicamente quatro cores em suas guias: o vermelho dedicado a Ogum, o verde dedicado a Oxossi e o roxo por devoção a Santana. Santana é conhecida como a padroeira dos Boiadeiros e pela santa católica os boiadeiros têm enorme devoção. E utilizam o branco, por devoção a Oxalá considerado por eles como o "Rei dos boiadeiros".
Da mesma forma que os baianos, os boiadeiros depois de um certo comparecimento aos trabalhos, tornam-se amigos e confidentes e a eles podemos pedir ajuda em situações que necessitem muita energia.
Utilizam em seus trabalhos cigarros, berrantes, chicotes, laços de couro e apreciam bebidas como o vinho ou aguardente.
São muito respeitados no meio umbandista, já que provaram que trabalham basicamente na vibração de Ogum. Têm a devoção voltada para Santana e a direção de tudo o que fazem é voltada para Oxalá, o Rei dos boiadeiros.
Entre os protetores, acreditamos que os Boiadeiros são os mais evoluídos espiritualmente, são sempre muito sérios em tudo o que fazem e ensinam.
O Boiadeiro da mesma forma que os nossos Guias, não trabalha e nunca cruza a linha para a esquerda e com eles ninguém brinca, tenha a certeza disso, a tremenda força vibratória que invade o terreiro no momento da chegada e da incorporação da linha é sentido por todos, seja por médiuns ou aqueles que assistem aos trabalhos.

Comentário do Pai de Santo
Não existe feitiço, macumba, macumbeiro ou feiticeiro que consiga resistir a eles, ao menos nunca ouvi falar que um Boiadeiro perdeu um filho ou uma demanda, talvez o fato de andarem em legiões os tornem tão fortes.
Em todos os maus templos que conheci, não havia a figura ou a incorporação dos boiadeiros naqueles locais.  Agora você pode perguntar: Por que naqueles locais não diziam que a casa era dirigida por um Boiadeiro?
Explico o porquê:
"Com Boiadeiro ninguém brinca".


Os safados não eram burros o bastante para usarem o nome deles, já que se o fizessem, com toda certeza ficariam com a vida bem "amarradinha". Embora sejam considerados e respeitados como os Caboclos, os Boiadeiros não são tão evoluídos a ponto de não castigarem quem os desacata, ao contrário dos caboclos que jamais se dedicam a punir, seja a ofensa que for.

"Os Boiadeiros são poderosos aliados dos Guias da Umbanda".

Confie sempre neles e colha os resultados!

http://www.nuss.com.br










domingo, 21 de novembro de 2010

Viva a Umbanda: 102 anos de amor!

 ZÉLIO FERNANDINO DE MORAIS.          ZILMÉIA FERNANDINO DA CUNHA, FILHA DE ZÉLIO
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No último dia 15 deste mês a nossa amada Umbanda completou 102! Parabéns ao nosso amado e saudosissímo Caboclo Sr Sete Encruzilhas e ao médium Zélio Fernandino de Moraes, nascido em São Gonçalo, Rio de Janeiro em 10 de abrilde 1891, pois foi através dessas duas almas iluminadas que a Umbada teve seu inícioTenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e também parabéns à  tantos outros médiuns como o saudoso Benjamim Figueiredo, médium do Caboclo Mirim aonde em 1924 no estado do Rio de Janeiro iniciou seu trabalho no Advento do Caboclo Mirim, Entidade está que veio a fim de criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda. E parabéns à tantos outros médiuns que com muita dedicação e amor conseguiram erguer a bandeira, a bandeira de Oxalá, a nossa bandeira de paz e de amor para com nossos mentores e irmãos de fé!
Meu desejo é que essa bandeira continue erguida no coração de cada filho e cada filha de fé e isso só conseguiremos praticando a verdadeira Umbanda! A verdadeira Umbanda é aquela em que não há distinção de raça, de sexo, de amor, carinho e principalmente fé! Se na Umbanda que você pratica e acredita ser pura existir distinção não é uma Umbanda verdadeira! A Umbanda verdadeira ela ensina e o que pede em troca é somente o amor uns com os outros! Nada se cobra apenas com confiança e fé se consegue! Nada é dado e sim merecido por cada um! Não há mistificações, não há problemas maiores que pai Oxalá e os Guias, não há mentira, hipocrisia e principal orgulho!
Umbanda não é isso! Umbanda é caridade mas vejo que muitos, umbandistas mesmos, não pensam e tampouco praticam isso!


Abraços fraternos à todos e muito axé!
Que Pai Oxalá e nossos Guias e Orixás nos acompanhe sempre em nossa jornada!
Viva a Umbanda, viva o Caboclo Sr. Sete Encruzilhadas viva à todos os médiuns que trabalham com afinco e amor dentro do coração!!!!

 BENJAMIM FIGUIREDO
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Oferendas, Meio Ambiente e Espaço Urbano

Oferendas, Meio Ambiente e Espaço Urbano
Por Debora Izzo
Ao sair de casa as 08h30min deparei com mais uma oferenda na esquina de casa, com alguidares, farofas, pingas, miúdos, velas, panos e fitas e algumas coisas que não decifrei.
Moro ao lado de uma encruzilhada, esse tipo de oferenda é comum,  tudo espalhado atrapalhando a passagem dos pedestres, um cheiro horrível, objetos que vão emporcalhar as ruas, fiquei muito indignada, mas qual a alternativa para quem quer fazer as suas oferendas? Como lidar com a religião e a sociedade visto que nem todo mundo tem condições de ir até os locais apropriados, como o Vale dos Orixás ou no ponto de força na natureza?
E a questão de uma oferenda que não irá poluir o meio ambiente? Contraditório ser de uma religião que é tão ligada à natureza, ter oferendas que degradam a sua fonte.
Será que o nosso problema é mais forte e importante que o respeito ao próximo e a natureza? Será que os Orixás e seus Guias não vão te ajudar, se você tiver uma atitude honesta e amorosa em não deixar os itens que poluem e que atrapalham a passagem das pessoas?  Será que a magia da oferenda não vai funcionar se você recolher tudo gentilmente após as orações e alguns minutos?
Nesta semana da Umbanda gostaria de propor uma reflexão de como podemos continuar com oferendas de uma forma limpa e respeitosa à outros indivíduos e a natureza. Já fiz sim oferenda igual a que fiquei indignada, mas graças ao estudo aprendi que tudo isso pode ser diferente. 
Que o nosso exemplo seja esclarecedor, e que o estudo seja sempre a base das nossas ações.
Debora Izzo
Que a paz de Oxalá e o amor de Oxum nos guie.




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Os Orixás na Umbanda e seus desdobramentos

Obs: “FAVOR RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS DO BLOG E DOS DEMAIS BLOGS EXISTENTES NA INTERNET!!!!”
                                  


Publicado por Daniele.    


Orixá não é divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus.
Orixá é
potência de luz emanada de Deus, O Criador.
Levando em conta que os irmão já tem um certo entendimento a respeito dos Orixás na Umbanda, deixamos aqui um artigo demonstrando o desdobramento dos Orixás e suas Falanges.

Grosso modo poderíamos falar em Orixás dinâmicos e estáticos, mas seria importante ressaltar que nada é estático na natureza, tudo está em constante mudança e transformação, mas que estabeleçamos agora que esse estático quer dizer mais lento e não totalmente parado. Cada Orixá tem, portanto, seu próprio ritmo. Talvez seja mais interessante falarmos em Orixás mais rápidos e de energias de ação, e Orixás mais lentos ou de energia equilibrante e refreadora.


Se pensarmos numa mata, por exemplo, o que os nossos olhos vêem é que ela está “parada” no lugar, mas para que seja exuberante e grande ela está em constante expansão, mudança, num ritmo lento e gradual, sofrendo a ação da fertilidade da terra, da constância dos ventos em espalhar as sementes, na ação do sol para a fotossíntese, enfim, de parada ela não tem nada. Mas seu “movimento” é provocado pela interação de outras forças.
Assim é a energia de Oxóssi. Um trabalho constante de surgimento, expansão, crescimento e renovação. A vida se renovando através do trabalho em grupo conjugando infinitas forças.
Encontramos a energia do Orixá Ogum manifestando-se nas matas de Oxóssi através do calor do sol, que dará força a energia vital de Oxóssi no nascimento dos vegetais, na luta pela sobrevivência dos vegetais que se transformarão em grandes árvores formando a mata. A esta manifestação damos o nome de Ogum Rompe Mato, além dela se apresentar também em nível de terreiro como Caboclo Rompe Mato ou outro nome que estaria associado ao Orixá Ogum, ou seja, manifestações de luta e bravura, determinação e tenacidade, como por exemplo Caboclo Arranca Toco, etc.
Encontramos a energia do Orixá Omulu manifestando-se nas matas de Oxóssi através da própria terra de onde irão brotar os vegetais, é a própria base da mata. Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada através dos Caboclos Flecheiros e Bugres. Que são Caboclos mais voltados para trabalhos de descarga.
Encontramos a energia do Orixá Xangô manifestando-se nas matas de Oxóssi através das pedreiras e que dão contornos e estabelecem limites na expansão da mata. Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada através de Caboclos que se apresentam normalmente carregando em seu nome a palavra “Pedra” ou com características mais voltadas a equilíbrio, estudos, etc. Muitas vezes se apresentando tanto na hora em que invocamos Oxóssi ou Xangô (dependendo da orientação da Casa).
Encontramos a energia da Orixá Oxum manifestando-se nas matas de Oxóssi através da água fertilizadora da terra, auxiliando na expansão e ao mesmo tempo estabelecendo limites e contornos (rios e cascatas). Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada através de Caboclos e Caboclas com apresentação mais “dócil”, “suave” e mais voltados para cura, manipulação de ervas, etc. Normalmente carregam em seu nome algo do tipo Caboclo “xxx” da Cachoeira, ou Caboclo “xxx” do Rio, etc. Muitas vezes se apresentando tanto na hora em que invocamos Oxóssi ou Oxum (dependendo da orientação da Casa).
Encontramos a energia da Orixá Iemanjá manifestando-se nas matas de Oxóssi próximas ao litoral, através da função provedora de bens materiais desta Iabá. Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada pelos Caboclos e Caboclas do Mar  da Praia, etc. Muitas vezes se apresentando tanto na hora em que invocamos Oxóssi ou Iemanjá (dependendo da orientação da Casa). Também tem função de descarrego e imantação.
Encontramos a energia da Orixá Iansã manifestando-se nas matas de Oxóssi através da ação dos ventos e da chuva e da função transformadora desta Iabá. São caboclos e caboclas que também tem como especialidade descarga rápida e transformadora.
Além, é claro, da conjugação de Oxóssi com Ele mesmo, que encontramos os diversos Caboclos, como Tupinambá, Cobra Coral, etc.
Buscamos através desses exemplos mostrar a facilidade com que os Orixás se combinam, se conjugam e se harmonizam, sem perderem suas essências mas agregando outras, são todos Caboclos e Caboclas de Oxóssi mas que adquiriram outras características vibratórias ao se combinarem e conjugarem com outros Orixás.
Em função de sua característica básica de expansão, o Orixá Oxóssi foi associado ao planeta Júpiter, que rege a quinta-feira, e por extensão é o dia em que cultuamos Oxóssi na Umbanda.
Existem dois Orixás na Umbanda que não possuem reinos específicos, mas atuam em todos, que são Ogum e Iansã, através de suas energias e funções.
O Orixá Ogum representa ou se manifesta através da luta pela sobrevivência e por isso está associado a defesa de todos os reinos, além de estar diretamente associado ao início de tudo, ao novo, a conquista.
Ao encontrarmos a energia do Orixá Ogum, cujo elemento é o fogo, manifestando-se no reino do Orixá Omulu, que é a terra, o chão, o solo, através do calor o sol e traduzimos isso para a calunga pequena ou cemitério, que em termos ritualísticos de Umbanda é o reino de Omulu, temos a formação do desdobramento de Ogum que chamamos de Ogum Megê. Ou seja, é o Orixá Ogum atuando na defesa do reino do Orixá Omulu em combinação vibratória com o mesmo, formando este desdobramento de Ogum. É o Ogum magista, ou seja, conquista/defesa através da magia.
Quando o Orixá Ogum manifesta-se na defesa do reino de Xangô, encontramos o desdobramento chamado de Ogum de Lei, ou seja, combinação vibratória do Orixá Ogum com o Orixá Xangô. Em nível de necessidade nossa de terra (ou terreiro) é quando Ogum atua na execução de justiça. É o Ogum da ponderação, ou seja, conquista/defesa através da ponderação, da estratégia.
Ao cruzamento vibratório do Orixá Ogum com o Orixá Oxóssi, conforme já falamos, damos o nome de Ogum Rompe Mato. É o Ogum do imediatismo, ou seja, conquista/defesa através da expansão.
Ao cruzamento vibratório do Orixá Ogum com a Orixá Oxum, ou seja, Ogum atuando na defesa dos rios e cascatas, damos o nome de Ogum Iara. É o Ogum da diplomacia, ou seja, conquista/defesa através da concórdia, diplomacia.
E finalmente o Orixá Ogum atuando na defesa do reino de Iemanjá, juntamente com a Orixá Iansã (ação sazonal dos ventos e tempestades causando a turbulência das ondas) damos o nome a esta manifestação de Ogum Beira-Mar. É o Ogum do inesperado, ou seja, conquista/defesa através de ações inesperadas.
Uma observação importante a se fazer é que cada vez que um Orixá se desdobra por combinar-se com outro, ele absorve algumas de características do Orixá com o qual se combinou, gerando e atendendo assim outras necessidades nossas.
Especificando:
Ogum Megê – este desdobramento de Ogum, gerado pela união dos elementos terra (Omulu) e fogo, está presente nos assuntos atinentes a desmanche de magia.
Ogum de Lei – este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a execução de justiça.
Ogum Iara – este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquistas diplomáticas.
Ogum Rompe Mato – este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos pertinentes a coisas de solução rápida, revigorantes e de conquista de espaço de maneira geral.
Ogum Beira Mar – este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquista material e de fortuna.
Estas são as manifestações mais comuns que se apresentam nos terreiros e são considerados chefes de linha, outras encontradas em nível de terreiro são consideradas desdobramentos destes desdobramentos.
Em função de sua característica básica de luta e guerra, o Orixá Ogum foi associado ao planeta Marte, que rege a terça-feira, e por extensão é o dia em que cultuamos Ogum na Umbanda.
Ao pensarmos no Senhor da terra, o Orixá Omulu, o vemos como a base para o cumprimento de nossa missão na terra. Ele é a base de tudo. É na terra que transmutamos o nosso karma, por isso que sendo a nossa base, sempre nos lembra de nosso karma, e nos dá a compreensão do mesmo.
Ele não se combina com os outros Orixás, os outros Orixás é que se combinam com ele, gerando desdobramentos neles.
Os desdobramentos do Orixá Omulu se dão dentro dele mesmo, observando-se a natureza, vemos isso nos diferentes tipos de solo, que gerarão diferentes combinações de Orixás em função disto. Um dos desdobramentos mais conhecidos de Omulu é o Orixá Obaluaê.
Se nenhum outro Orixá existisse, o Orixá Omulu (terra) existiria e o tipo de vida que encontraríamos qual seria? Com isso quero dizer que nenhum Orixá é auto-suficiente e nem se basta, mas as suas combinações e dinamismo é que nos permitem conhecer a vida como a conhecemos.
É como um grande plano de Deus, que em sua generosidade infinita nos deu a base e as condições para que evoluíssemos e crescêssemos.
De nada adianta a base se não temos as condições e o inverso também é verdadeiro.
Por isso é tão importante que não “desprezemos” nenhum Orixá em nosso culto às forças da natureza.
Existe grande confusão com relação a magnitude deste Orixá onde alguns chegam a confundi-lo com Exu. Isto se deve a capacidade de manipulação magística e transformadora de Omulu, da qual Exu é apenas executor. Além do mais Omulu é Orixá e Exu não é.
Sendo a própria terra, onde caminhamos e nos sustentamos, e sendo a terra geradora permanente de vida, encontramos nela a primeira grande magia de Omulu, que é a famosa força da gravidade, que atrai tudo para si, assim como também, as diversas forças dos demais Orixás formando novas conjugações como as já citadas e que citarei ainda.
Por atrair tudo para si, e sugar as energias negativas transformando-as em positivas, transmutando e transformando tudo que nela toca e entra, este Orixá se desdobra dentro de si mesmo. É por isso que Ele não “vai” a outros Orixás, mas os outros é que vem a Ele.
Por tudo isso é que afirmo que confundir o Orixá Omulu com Exu é no mínimo incoerente, entretanto compreensível, pois para entender Sua Magnitude é preciso exercício mental, e isto poucos estão dispostos a fazer.
Sendo o Orixá que permanece no limite entre vida e morte, também foi associado a saúde e doença. Dentro de uma coerência e lógica, você acha realmente que Deus teria enviado um raio a terra cuja função fosse nos trazer doenças? A sua associação a saúde está justamente em função de ser da terra que brotam as ervas curadoras, mas estas são de Oxóssi. Bênçãos de Omulu, sem dúvida, mas pertencem a Oxóssi, este sim o Orixá da Cura, da Saúde.
Por outro lado a função de Omulu junto a área da saúde também se justifica pelo fato de ser ele o absorvedor e transformador de todas as energias negativas geradas e atraídas por qualquer doença em energia curadora, utilizada e manipulada por Oxóssi.
Em função de sua característica básica de consciência kármica, tempo e lentidão, o Orixá Omulu foi associado ao planeta Saturno, que rege o sábado, e por extensão é o dia em que cultuamos Omulu na Umbanda.
Ao continuarmos a análise das diversas combinações dos Orixás encontramos o Orixá Xangô atuando principalmente no equilíbrio das diversas forças. Xangô é o Orixá que está associado ao estudo, discernimento, e conseqüentemente a justiça. Observando a natureza vemos a pedreira entre a terra e o mar, impondo limites, pois a água salgada não germina a terra, mantendo portanto o equilíbrio ecológico. Encontramos também sua manifestação natural através do trovão.
Existem inúmeros desdobramentos de Xangô, mas não estão relacionados as combinações de outras forças mas ao equilíbrio das mesmas (poderíamos ousar afirmar que está seria a principal função deste Orixá em nível de natureza), assim temos:
· Xangô D’Jacutá – regência geral da linha de Xangô (grosso modo seria a própria pedreira, harmonia com Oxóssi).
· Xangô Alafim-Eché – este desdobramento consiste na atuação junto a necessidade de fazer cessar as tempestades (atuando como energia refreadora, equilibradora) e auxiliar oradores intelectuais (inspirando método e orientação). Atuando com Iansã.
· Xangô Alufam – este desdobramento atua principalmente na função de encaminhar das almas desencarnadas, atuando juntamente com Omulu, na justiça e organização desta atividade.
· Xangô Agodô – este desdobramento atua principalmente presidindo as cerimônias de fé e de batismo. Grande auxiliar das intuições puras. Atuando com Oxum.
· Xangô Aganju – Protetor dos lares, da harmonia conjugal. Atuando com Iemanjá.
· Xangô Abomi – este desdobramento atua principalmente no equilíbrio de raciocínio e método e defesa nas horas de grande aflição. Atuando com em harmonia com Ogum.
Importante ressaltar que as definições ou descrições os diferentes desdobramentos de Xangô, assim como com os dos demais desdobramentos de cada Orixá, são apresentadas muito mais com objetivos didáticos do que litúrgicos, pois a essência de cada Orixá permanece sempre a mesma em todos os seus desdobramentos e momentos de atuação.
Em função de sua característica básica de estar ligado a parte intelectiva, o Orixá Xangô foi associado ao planeta Mercúrio, que rege a quarta-feira, por extensão é o dia em que cultuamos Xangô na Umbanda.
Ao analisarmos a Orixá Oxum, e nos reportarmos ao seu elemento (água) e a seu reino (cachoeiras e rios), encontramos os seguintes desdobramentos:
· Oxum Iara – ou simplesmente Oxum – essência da Oxum. Sentimento, amor, concórdia, harmonia, união.
· Oxum Marê – manifesta-se quando do encontro das águas de Oxum com as águas de Iemanjá. São as águas turbulentas. Em termos de significado e tradução para as nossas vidas, é o encontro do passado com o presente, de uma essência com a outra. Revisão de sentimentos (Oxum), turbulência de sentimentos (choque das duas águas), relacionados a nossa formação familiar (Iemanjá).
· Oxum Diapandá – manifesta-se na superfície das águas salgadas (onde a água é menos salgada). Absoluta harmonia com Iemanjá. Na sua compreensão de atuação junto a nós, é quando após a revolução de sentimentos (Oxum Marê), nos acomodamos na placidez das águas superficiais, sem grande envolvimento de sentimentos profundos, mas mais voltados aos sentimentos e aspirações materiais.
Considerada popularmente como sendo somente a Orixá do amor, entendemos como sendo a Orixá do misticismo, do sentimento, da concórdia e harmonia.
Em função de sua característica básica de estar ligada diretamente a sentimento, emoções e amor, a Orixá Oxum foi associada a Lua, que rege a segunda-feira, por extensão é o dia em que cultuamos Oxum na Umbanda.
Muitos cultuam o Orixá Omulu na segunda-feira em função das Almas, mas lembramos que as águas da Oxum correm onde? Na terra. Que é de quem? Omulu. Com relação a isto, muitos já devem ter observado uma certa sensação melancólica, não chega a ser tristeza, mas uma “emoção”, muitas vezes indescritível, conjugada com a vibração de incorporação de Oxum. Algumas enviadas choram. Isto tudo se deve ao fato das águas correrem pela terra de Omulu, “carregando” com elas as Almas, das quais Omulu é o Mestre e Senhor, mas que em contato com Oxum, traduzem em nível de terreiro e incorporação, nesta “melancolia” que às vezes sentimos.
Por isso as Almas vibram em segunda vibração na segunda-feira dia de regência da Oxum.
Analisando a Orixá Iemanjá e nos reportando ao seu reino o mar, associamos sempre que quem mora perto do mar, nunca morre de fome, não é verdade? Por isso ela é a grande provedora dos bens materiais, a grande mãe, que nos dá o conforto, o alimento, além de ser representada pelo maior de todos os reinos, o mar. Soberania.
Em função de sua característica básica de estar ligada diretamente a família e ao amor familiar e fraterno, a Orixá Iemanjá foi associada a Vênus, que rege a sexta-feira, por extensão é o dia em que cultuamos Iemanjá na Umbanda.
Por fim, analisando a Orixá Iansã, que como já dissemos não tem reino específico, reportemo-nos a seu elemento primeiro o ar. Presente em todos os reinos, conjugando-se a todos os Orixás, mas não estabelecendo nenhum desdobramento específico pois sempre que atua é em nível de mudança, transformação, como energia propulsora e renovadora. Em nível de terra esta Orixá está diretamente relacionada ao intelecto, tal como Xangô, mas de forma distinta, pois o Xangô é de energia refreadora, em termos práticos, coloca o método no pensamento ágil gerado pela Orixá Iansã. Conseqüentemente, esta Iabá está diretamente ligada aos avanços tecnológicos, e não apenas as mudanças climáticas.
Em função de sua característica básica de estar ligada diretamente ao intelecto, a Orixá Iansã foi associada ao planeta Mercúrio, que rege a quarta-feira, por extensão é o dia em que cultuamos Iansã na Umbanda.
Assim podemos dizer que os Orixás, depois de atravessarem os diversos planos e sub-planos e chegarem até nós, nos apresentam infinitas formas de auxilio, através de suas combinações e desdobramentos. Poderíamos com isso, trazendo para linguagem de terra tentar resumir os “assuntos” a que cada um essencialmente atuaria e auxiliaria. Assim temos:
· Oxóssi – saúde, energia vital, fisiologia, farmacologia, sociedade, trabalho em grupo.
· Ogum – defesa, energia propulsora, conquista.
· Xangô – equilíbrio, discernimento, justiça, estudo.
· Omulu – consciência de karma, transmutação kármica, magia,
· Oxum – equilíbrio emocional, amor, concórdia
· Iemanjá – união familiar, formação familiar, bens materiais
· Iansã – inteligência, avanços tecnológicos, mudanças, transformações materiais
Considerações sobre a Orixá Nanã
Consideramos Nanã a Soberana das Águas, as águas originais, o início da vida, a água de mina. Conseqüentemente estando “acima” das demais Orixás ligadas ao elemento água, não é Orixá Básico, conseqüentemente não é Regente de Ori. As manifestações encontradas em nível de terreiro, são manifestações de uma das três Iabás (Iemanjá, Oxum ou Iansã) em vibração mais “velha”.
Nanã é o momento inicial em que a água brota da terra ou da pedra, a partir do momento que a água corre, já é Oxum. Portanto não compreendemos como “lama” (mistura de água com terra) mas sim como Soberana de Todas as Águas.


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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Umbanda e Apometria

Umbanda e Apometria



Resumo das leis da apometria

- aplicação de pulsos magnéticos, impulsionados pela força mental individual e coletiva, através de contagem e estalar de dedos, para indução ao desdobramento / da mesma maneira, se acopla / contrário de desdobramento

Isto ocorre no atendimento em que o consulente está sentado no meio do grupo na frente do congá. Esta contagem é feita com estalar de dedos no alto da cabeça, expandindo e desdobrando os corpos espirituais. Facilita-se a sintonia dos médiuns com os bloqueios energéticos existentes, como por exemplo alguns "nódulos", magismo e aparelhos colocados no duplo etéreo do atendido.

- com os médiuns desdobrados, os benfeitores espirituais conduzem os trabalhos onde se fizer necessário: casa do consulente, umbral inferior, alas hospitalares

No mesmo tempo que se desdobra o consulente, o grupo mediúnico também está desdobrado. A partir desta "nova" realidade, o deslocamento no plano espiritual fica facilitado, pelo fato de sermos doadores de ectoplasma ao mundo espiritual, que assim poderá interceder a favor da caridade assistencial onde se fizer necessário.

- formação de campos de forças de natureza magnética: proteção, higienização, contenção e defesa

Utilizamos formas geométricas: pirâmide, triângulo, cones, outras. São plasmados no astral, pela força mental do dirigente invocador, estes campos de forças durante os atendimentos sempre que se fizer necessário.

- age nas lembranças oriundas da memória perene contida no inconsciente, no sentido de desfazer os estímulos "recordativos" estímulos de memória " despolarização " que estão originando as ressonâncias de vidas passadas

Quando o médium sintoniza uma situação traumática de vida passada do consulente, que está vibrando e o desarmonizando no presente, é possível amenizarmos esta ressonância através da catarse que o médium sofre durante o atendimento apométrico. Exemplificando: o atendido tem sofrido de convulsões súbitas, sem causa aparente. No atendimento se verifica que ele desencarnou preso num poço após uma queda e que hoje sempre ao chegar perto de rios e lagos fica convulsionado. O médium vivenciando a catarse como se fosse ele caído no poço de outrora, alivia o consulente do mal estar que o está afligindo no momento presente.

- interferência e alteração da coesão molecular do duplo etéreo, propiciando a modificação do seu padrão vibratório, facilitando as incisões cirúrgicas realizada pelos benfeitores espirituais

O desdobramento induzido desloca e expande o duplo etéreo do corpo físico, deixando-o menos denso e mais propício à intercessão dos espíritos guias que realizam as cirurgias astrais. Isto é feito muito rápido e o consulente nada sente. Pode somente ficar com sonolência após o atendimento e no dia seguinte sentir-se um pouco cansado. Recomendamos repouso, alimentação e ingestão de líquidos no dia seguinte a este tipo de atendimento.

- doação de energia e aplicação da força mental, recompondo membros e refazendo formas astrais

Exatamente pela atuação no duplo etéreo. Doamos ectoplasma e intencionalmente, com auxílio dos guias espirituais, procedemos a recomposição de membros danificados de espíritos sofredores e refazemos formas astrais nos casos em que haja deformação do corpo astral; espírito se enxerga com aspectos animalescos, com garras, peludo, etc.

A invocação dos Orixás no Atendimento

Invocamos os orixás, seja por contagens numéricas e pontos cantados, ou ambos ao mesmo tempo, durante os atendimentos apométricos:

- Invocação Oxalá e linha do oriente: faz a distribuição ou "descida" vibratória das outras linhas e entidades. Adequado se cantar no inicio dos trabalhos e nas situações que requerem atuação do chamado agrupamento do oriente e dos médicos do astral.

Ex. fixar agrupamento do oriente, plasmar ala médica e instrumentação cirúrgica no astral.

- Invocação Yemanjá: limpeza magnética do ambiente do trabalho, médiuns e consulentes pelo povo d'agua.

Ex: após desmanchos, desobsessões, demandas, manifestação de espíritos sofredores mais cansativas, e sempre que se precisar fazer uma harmonização do grupo. Yemanjá pode ser invocada também nos casos que se requer fixar no campo vibratório de uma consulente o sentimento de maternidade " conflito entre mãe e filho.

- Invocação Oxum: harmonização exaltando o sentimento de amor incondicional que acompanha a vibração deste orixá.

Ex: casal em desavença por gravidez recente ou por tentativas de engravidar frustradas.

- Invocação Oxossi: curas e cirurgias astrais.

Ex: consulente com câncer. Pode ocorrer a atuação desta vibração em trabalhos desobsessivos através dos chamados caboclos flecheiros " jurema, cobra coral.

- Invocação Xangô: verificação de causas pretéritas, traumas do passado que estão necessitando de equilíbrio e é justo conforme a lei do carma e ocorrências que estão desrespeitando o livre arbítrio do consulente.

Ex: pânico de elevador porque numa vida passada caiu de um telhado. Espíritos obsessores se aproveitam disto e aumentam o mal estar - essas informações geralmente são fornecidas pelos guias através de um médium ou diretamente pelo dirigente, quando ele não recebe direto do astral pela clarividência ou incorporação.

- Invocação Ogum: as entidades desta linha irão realizar o trabalho de demanda, lutar contra as falanges das "sombras", se antepor frontalmente aos feiticeiros do umbral inferior, criando uma barreira vibratória magnética do astral.

Ex: consulente magiado. "Confronto" com a organização contratada no submundo astral que fez o trabalho. Invocamos o Orixá Ogum. Os Caboclos da vibratória se manifestam. Se necessário,são utilizados os elementos materiais: fogo, pólvora, água...

- Invocação Omulu: todo trabalho de alta magia, liberação dos guardiões "Exus- é feito por esta vibratória.

Ex: consulente está perturbado em conseqüência de um trabalho de magia negativa realizada com sacrifício animal em porta de cemitério, fazendo com que ele não durma e sinta dores generalizadas pelo corpo.

- Invocação Iansã: deslocamento e mudança

Ex: remoção de grupo de espíritos sofredores ou mudança de padrão mental do consulente " rigidez de opinião.

- Invocação Nanã: após trabalhos "pesados" de contra-magia, desmanchos, que foram liberados de escravidão muitos espíritos.

Ex: espíritos escravos de uma organização trevosa foral soltos e não sabem que estão desencarnados. A vibração de Nana os acolhe no mundo espiritual como uma grande mãe acolhe seus filhos no seu colo.

Encerramos este tópico dizendo que todas as entidades ligadas a cada Orixá trabalham em conjunto e ao mesmo tempo no atendimento com apometria e a movimentação destas falanges se dá sempre que necessário baseado no merecimento do consulente.

Assim, este tipo de trabalho mediúnico inevitavelmente é de uma universalidade convergente atemporal. Ou seja, quando entramos no campo energético de um consulente, estamos interagindo com seu espírito que já teve milhares de encarnações em várias épocas e condições diferentes na Terra. Nós temos que ter o coração aberto para todo o tipo de manifestação e de forma alguma devemos tecer julgamentos sobre a dor de quem quer que seja, pois do nosso passado não sabemos. Cremos que a Umbanda é a mais rica e propiciatória religião mediúnica à pesquisa do espírito eterno com a técnica chamada apometria exatamente pela sua essência: o amor universal que se perpetua pelos tempos imemoriais.


Fonte:Pai Norberto Peixoto(dirigente da choupana Caboclo Pery)

Pai Obaluayiê - Evolução

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Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira   

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Evoluir significa crescer, aprimorar, lapidar, transformar, crescer mentalmente, passar de um estágio a outro, ascender em uma linha de vida de forma contínua e estável. Significa uma renovação contínua do ser, uma reposição constante de valores, deixando para trás conhecimentos ultrapassados, hábitos e costumes inadequados, atitudes e posturas  velhas e decadentes. Significa procurar continuamente o movimento e a estabilidade em nossas vidas. Pai Obaluayiê é o orixá que desperta em cada um de nós a vontade irresistível de seguir adiante, de alcançar um nível de vida superior, para chegar mais perto de Deus. Ele é o orixá do bem estar, da busca de melhores dias, de melhores condições de vida, de sabedoria e de razão. A   evolução   costuma   ser  representada   por  uma  espiral  ascendente  de   progresso, por onde todos nós caminhamos. Podemos, por vezes, ficar parados em algum lugar dessa espiral, o que significa uma perda de tempo precioso. Podemos até escorregar para trás - perda ainda maior de tempo e trabalho- mas, continuamos sempre. Não há como escapar ao processo evolutivo. A evolução é uma situação pessoal. Ninguém evolui no lugar do outro ou pelo outro. E o mais importante é que ninguém evolui de forma isolada; ninguém evolui sozinho. O próprio universo é um fantástico entrelaçamento de forças e formas. Todos nós temos em nosso interior um potencial de incrível poder transformador e, junto da evolução pessoal, devemos desenvolver ações amorosas e engrandecedoras, apoiadas no sentimento do verdadeiro perdão. Precisamos eliminar os bloqueios que atrapalham nossa evolução, dedicando diariamente alguns minutos, para perdoar as pessoas que, de alguma forma, nos ofenderam, prejudicaram, rejeitaram, odiaram, abandonaram, traíram, ridicularizaram, humilharam, amedrontaram, iludiram ou causaram dificuldades. É necessário perdoar, especialmente, aqueles que nos provocaram, até que perdêssemos a paciência e reagíssemos violentamente, sentindo, depois, vergonha, remorso e culpa. Sabemos que, por várias vezes, fomos responsáveis pelas agressões recebidas, pois confiamos em pessoas negativas e permitimos que elas descarregassem sobre nós o seu mau caráter. Outras vezes, suportamos maus tratos e humilhações, perdendo tempo e energia na inútil tentativa de conseguir um bom relacionamento com elas. Devemos, também, pedir perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, ofendemos, injuriamos, prejudicamos ou desagradamos. Só assim poderemos estar livres da necessidade compulsiva de sofrer e  conviver com indivíduos e ambientes doentios. Vamos, a partir de agora, sob o amparo de nosso pai Obaluayiê, iniciar uma nova etapa de nossas vidas, em companhia de pessoas amigas, sadias e competentes, compartilhando sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso e evolução de todos.

Salve Pai Obaluayiê, orixá do perdão, da cura, das passagens e de todas as transformações!

.Obaluayiê é o orixá que atua na evolução dos seres. "Pai Olorum, que tudo cria e tudo gera, criou as qualidades de  estabilidade e  evolução. Sem estabilidade nada se sustenta e sem transmutação tudo fica parado. A estabilidade proporciona o meio ideal para os seres viverem e na mobilidade são gerados os recursos para que eles evoluam.

Pai Obaluayiê é a divindade que  representa essa qualidade dupla, pois tanto sustenta cada coisa no seu lugar como conduz cada uma a ele. Ele está no próprio Universo, na sustentação dos astros e no movimento da mecânica celeste. Sua irradiação, aceleradora da vida, dos níveis e dos processos genéticos, desperta nos seres a vontade de seguir em frente e evoluir. Obaluayiê é o Pai que, juntamente com Mãe Nanã, sinaliza as passagens de um estágio de evolução a outro. Ambos são orixás terra-água; têm magnetismo misto, pois na terra está a estabilidade e na água a mobilidade. Enquanto Mãe Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar, Pai Obaluayiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto) e reduz o corpo plasmático do espírito, até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Pai Obaluayiê é o "Senhor das Passagens" de um plano a outro, de uma dimensão a outra, do espírito para a carne e vice-versa. É o orixá da cura, do bem-estar e da busca de melhores condições de vida. Na Umbanda, esse Pai é evocado como senhor das almas, dos meios aceleradores de sua evolução. Quando um ser natural de Obaluayiê baixa num médium e gira no Templo, todos sentem uma serenidade e um bem estar imenso, pois ele traz em si a estabilidade, a calmaria e a vontade de avançar, de ir para mais perto de Deus. Esse Pai rege a linha das almas ou corrente dos pretos velhos, que traz a natureza medicinal de Obaluayiê, orixá curador. Muitos têm sido curados, após clamarem por sua interseção. Os pretos velhos nos transmitem paz, confiança, esperança e bem-estar.Os pontos de forças regidos por Pai Obaluayiê, no acima, são os cemitérios ou campos santos, lugares sagrados para os povos de todas as culturas. São os pontos de transição do espírito, quando deixa a matéria e passa para o plano espiritual.

(*) – In: Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista Lurdes de Campos Vieira (Coord.) – Madras Ed.

domingo, 14 de novembro de 2010

A Lição de Pai Tomé

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História inspirada por Vovó Benta
Médium: Mãe Leni Saviscki
Dirigente do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda
Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery
Nos atendimentos apométricos, muitas surpresas nos reservam. Enganam-se aqueles trabalhadores que pensam ser suficiente decorar as Leis da Apometria e realizar o trabalho com amor. Constantemente os benfeitores espirituais nos colocam situações, diante das quais percebemos a grandiosidade dessa técnica que aliada ao Evangelho de Jesus, nos torna não somente instrumentos curadores, como também magos manipuladores e trasformadores de energias. Situações outras que nos fazem perceber nossa pequenez diante da grandiosidade do Universo e desses comandantes que nos regem a nível espiritual. Todos os dias, sob todos os aspectos, temos tudo a aprender consolidando a realidade de que estar encarnado nesse abençoado planeta-escola, é uma oportunidade a qual não podemos desdenhar.
Naquela noite, após o atendimento normal da agenda, apresentou-se um espírito pedindo oportunidade para nos contar sua história. Estava acompanhado por um preto velho, o qual já conhecíamos pois era trabalhador da Casa. Pelo cordão brilhante que saía de sua nuca, deduzimos tratar-se de um ser encarnado em desdobramento do sono o que imediatamente suscitou dúvidas em nossa mente acostumada a tudo interrogar.
– Como poderia alguém encarnado estar ali presente se não havíamos solicitado pelos costumeiros “pulsos energéticos” o seu desdobramento? Captando a dúvida, o bondoso preto velho nos assegurou de que ele não vinha para atendimento, e sim, sob sua tutela para nos trazer aprendizado. Ligado ao médium, o nosso amigo iniciou sua narrativa:
“Encarcerado dentro de um corpo frágil e adoentado, além da idiotia que me acomete no físico, sou uma espécie diferente aos olhos dos que passam pela rua e me vêem sentado na porta de minha casa.
- Coitado! Seria melhor morrer- É comum ouvir esta frase. Ou então, a mãe passando com o filho pela mão, naturalmente manifesta:
- Meu filho, se você não obedecer, vou te entregar para aquele homem feio.
Outras vezes, mulheres grávidas evitam olhar-me para que seus bebês que foram projetados perfeitos e saudáveis, não venham a ser iguais a esta bestialidade humana.
Minha consciência mais profunda está recebendo e percebendo tudo isso, porém presa dentro da cela que eu mesmo criei no passado, não pode reagir. Se sofro com isso hoje? É inevitável. Se me revolto? Não, a minha consciência sabe que é um mal necessário. Nas poucas vezes em que me é permitido "voar" para longe deste corpo eu já tenho caminho traçado. Vou me refugiar nos braços de Pai Tomé. Lá está ele, na sua humilde tenda, cantarolando ou assobiando, enquanto mexe nas suas ervas. Negro velho mandingueiro sabe quando chego, sente minha presença e trata logo de sentar-se em seu toco, acender o pito e com uma risada gostosa inicia a doutrinação. Conversamos por horas a fio e saio de lá me sentindo gente, apesar de tudo. Não sei quando foi a primeira vez que o visitei. Acho que na noite em que minha mãe foi àquele Centro de Umbanda, desesperada pois achou que desta vez a convulsão iria me matar. Ele estava lá, incorporado em outra pessoa e me deu seu "endereço".
Hoje, a cada visita que meu espírito faz ao bom negro velho, algo se modifica no meu corpo físico. Já consegui deixar de babar constantemente, melhorando assim meu aspecto. Até já sou capaz de chorar, sem fazer aquele grunhido horrível, vejam só! Tudo por conta das mandingas de Pai Tomé que por saber de minha verdadeira história, me ajuda com muito amor.
Precisou que eu quebrasse meu orgulho para aceitar tal ajuda, pois estou em colheita de um plantio desastroso. Em encarnação anterior, vivi como feitor de uma rica fazenda e com maldade cobrindo meu coração, além de outras coisas, eu era um verdadeiro matador de aluguel. Cheguei ao cúmulo de fazer filho com escrava para poder vender mestiço nas feiras do porto, como "escravo especial". Hoje estou tendo essa benéfica oportunidade e mesmo encarcerado num corpo limitado, com uma mente debilóide, de cor negra, aspecto físico sem nenhum atrativo, servindo de modelo do ridículo para muita gente, estou aprendendo que tenho muito mais do que mereço.
Um dia desses, chorei muito quando Pai Tomé me fez relembrar quem foi ele naquela minha desastrosa encarnação, e por momentos me senti muito mal, vindo a ter fortes convulsões no físico. Não fosse o bom velho me chamar à realidade, teria desencarnado para fugir...
Ele foi naquele passado um "mestiço especial" que eu vendera como escravo.
Não há nada mais doloroso do que a fúria de um remorso. Dores ou limitações físicas, são um pequeno nada para uma encarnação, diante de lembranças de nossos plantios infames. Pai Tomé, entre outras coisas me ensina o auto-perdão e sobre a bondade divina em nos dar um corpo físico aliado ao esquecimento. Mas me ensina também que esse "esquecimento" não pode servir como desculpa para novos erros. Por isso, somos levados em espírito durante o sono para verificarmos certos pontos que precisam ser revistos em nossa história. Ele me diz que nem sempre lembramos do aprendizado sonambúlico, mas que ele está registrado à nossa disposição, para uso em momentos propícios.
Me restam alguns anos ainda nessa vida, porém nem a dor, a pobreza e o desleixo de meus familiares é pior do que imaginar voltando sem ter expurgado esse lixo todo que agreguei no meu corpo espiritual. Quero a renovação e se essa me custa tanto, sei que o preço fui eu mesmo que estipulei. Nada me foi imposto.
Colheitas... de um plantio impensado. Apenas colheitas!
Após despedir-se agradecido, aquele menino voltou ao seu corpo físico que dormia no leito pobre onde nascera, deixando-nos emocionados e calados. Todos retornamos aos nossos lares pensativos, refletindo sobre o que ouvíramos naquela noite.
Em ocasião posterior, o caso foi comentado e alguém nos propôs que deveríamos solicitar ao Pai Tomé um atendimento apométrico para o menino, uma vez que estando encarnado, isso possibilitaria uma melhora dos sintomas físicos. Com as técnicas decoradas, já deduzimos que tratando seu Corpo Astral, por ser ele o Modelo Organizador Biológico, poderíamos quem sabe, melhorar sua aparência. No final do debate, antes do encerramento sentimos forte cheiro de ervas e imediatamente Pai Tomé apresentou-se através de um médium e nos esclareceu:
- “Pai velho admira e abraça os filhos pela boa vontade demonstrada em auxiliar o meu menino. Mas posso afirmar que a tentativa seria muito proveitosa em espírito renitente na aceitação do resgate cármico a que se impôs, o que não acontece com ele. Como viram, meu menino está espiritualmente lúcido e aceitando a colheita. Seu Corpo Astral, por ser constituído de matéria moldável, foi plasmado em encarnação anterior por seus próprios atos insanos. Sempre é assim meus irmãos. Enquanto na carne, nossos atos e pensamentos modelam a nova encarnação, além de nos conduzir no após morte para estância de luz ou trevas. Deus não castiga ninguém, disso sois sabedores, Ele apenas nos deu o livre-arbítrio e todas as oportunidades de escolhas nos são colocadas à frente durante uma vida. Não nos faltará assistência espiritual e mesmo que seja através da dor, o expurgo se faz necessário para drenar do agregado espiritual os ácidos ali impregnados.
Nossos pensamentos modelam o nosso futuro Corpo Mental, nossas emoções o Corpo Astral e assim quando reencarnamos trazemos gravados em nossos átomos aquilo que precisa ser melhorado. Por isso surgem as dificuldades a serem vencidas, e não haveria mérito se aqui estivéssemos só para sofrer sem que isso trouxesse alguma lição e aprendizado. Essa drenagem se dá através do nosso Corpo Etérico que intermediando o Corpo Físico e o Corpo Astral, atua como usina recicladora através do trabalho dos nosso Chácras, repassando para o Corpo Físico que age como mata-borrão. Todas as doenças, sejam físicas ou psíquicas nada mais são que limpeza de nosso corpo espiritual como um todo. Por isso aconselho os filhos dessa Seara para que sempre respeitem as leis em qualquer atendimento ou ajuda a que forem induzidos. Procurem sempre verificar se existe interesse e vontade em receber essa ajuda da apometria, seja pela pessoa necessitada se essa estiver consciente, ou por parte de familiares quando esse estiver incapacitado de raciocínio próprio, para que não ultrapassem a barreira do livre-arbítrio, contrariando assim as Leis Divinas. Sois sabedores que Apometria é manipulação energética, portanto “magia”. E magia é coisa séria meus filhos, assim como ela nos dá o poder de provocar uma modificação na matéria, através do poder mental, sendo regida pela lei da causalidade produzirá sempre um efeito, seja imediato ou tardio. Existem coisas no Universo de meu Deus que podem e devem ser mudadas, mas sempre respeitando a vontade e exigindo esforço próprio de cada criatura ligada ao fato. A oportunidade de ajuda que nos faculta a Apometria vem trazer alento e apressar a evolução dos homens acomodados que estão no ir e vir na carne, e que embora alertados constantemente pela dor torturante, tardam em realizar as mudanças. Porém, esse “poder” está sujeito e deve sempre ser colocado à luz da razão, nunca querendo realizar “milagres” que possam comprometer o trabalho laborioso do grupo, adquirindo com isso um carma coletivo. O equilíbrio e a compreensão de limite, aliados à sabedoria e o amor serão os temperos que farão sempre com que os filhos possam auxiliar sem se macular.”
Mais uma vez a lição do bom amigo espiritual colocada com tanta humildade e sabedoria, fez com que vários membros do grupo que ainda tinham preconceito com a presença dos pretos velhos nos trabalhos apométricos, repensassem sobre isso.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que é a Umbanda na verdade?

Por: Adriana Cabrera Giglio.

Olá irmãos e irmãs de fé!
Espero que todos estejam na santa paz.

Primeiro de tudo volto a dizer e deixar bem claro que não tenho a menor intenção em converter ninguém! Cada um siga a religião que mais lhe seja favorável mas não aceitarei falta de respeito com a minha religião: a Umbanda! Fiz meu blog tendo em vista apenas levar o pouco que sei e o muito que tenho ainda que aprender para outros irmãos que necessitam de conhecimento!
Cada um tem o seu ponto de vista e um modo de se enxergar as coisas mas é preciso sempre se lembrar que por mais diferenças que temos é primordial respeitarmos uns aos outros.
A Umbanda segundo o meu entendimento é amor, é luz, é vida no caminho e nos corações dos filhos e filhas que à tem no coração, que se deixam levar por esse amor essa luz! Sempre trago comigo o que jamais um Guia pelo qual você  vai se consultar em uma gira irá fazer. São três e pra mim as principais: Mentir, falar o que você quer ouvir e não realmente o que precisas ouvir e a terceira e última te enganar. Um Guia é um ser enviado por Pai Oxalá e sendo assim vem em terra em prol a ajudar seus filhos e filhas a  resolver suas dúvidas, curar suas dores e aflições e se deixar levar pelo amor! Se caso acontecer uma dessas coisas, ou duas ou até mesmo as três me desculpe mas não é um Guia e sim a pessoa que o recebe passando à sua frente e eu acho isso muito triste além de uma baita falta de respeito. Falta de respeito pela Entidade, por si próprio e pelo filho que está no terreiro procurando algo que a vida lhe tirou seja por qualquer motivo. Os Guias vem de muito longe, o caminho é longo e ao chegarem aqui não podem trabalhar como querem e acha o certo trabalhar?? É um absurdo!!!
A Umbanda, e não só ela mas acho que como todas as religiões, sofrem até hoje com algum tipo de preconceito! Preconceito é o mesmo que falar de algo sem saber ao certo o que é realmente, conceito sem conhecimento! Por  tanto antes de falar da Umbanda como algo ruim, julgar nossos Guias aprenda a conhecer primeiro e ler que é o que muitos estão precisando hoje em dia de uma forma geral, independente de religiões!
Na Umbanda não se cobra os trabalhos, não fazemos sacrifícios de animais! Os Guias nao se dão ao luxo de querer as melhores coisas, os melhores apetrechos! O que eles querem é trabalhar com filhos que se respeitam e respeitam seus semelhantes! Como dize o nosso amado Preto Velho Pai Tomé: " Não é preciso de muito para ser feliz! Seja feliz com o pouco que tem e não tenhas vergonha de extender a tua mao!" Muitos filhos e filhas às vezes se deixam levar pela vaidade como por exemplo o meu Caboclo grita mais forte, o meu Preto Velho bebe sempre do melhor vinho...O que isso?? Lógico que nosso Guias merecem sempre o bom e o melhor mas o bom e o melhor que eles querem de nós é o amor e humildade, trabalhar com o coração! E agindo assim sem percebermos às vezes acabamos dando um mau exemplo às pessoas que vão ao terreiro pois algumas querem só passar com aquele Caboclo mais forte porque ele é mais bonito e por isso é mais sábio. Mero engano, tenho dó de pessoas que tem este raciocínio dentro da cajola. Não existe o mais forte ou o mais fraco como também não existe o melhor ou pior. Entre os Guias não existe isso, não há disputa e sim uma auto ligação entre eles! Todos sabem agir como se deve agir, todos sabem o que é preciso ser feito, não precisam de nossos conselhos e sim do nosso respeito e amor!
Irmãos, não é preciso ofertar aos Guias e Orixás as flores mais caras, as frutas mais vermelha ou menos verde...não! Uma vela ascesa com amor é a melhor oferenda que você pode oferendar à um Guia!

É isso que é a Umbanda de verdade pra mim!


Um forte abraço e muito axé à todos!

Maturidade Razão e sabedoria! Salve Nanã Buruque: Salubá Vovó!

Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira   


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Na Idade Madura, o ser, ao tornar-se mais racional, começa a ter uma "luz interior" alimentada por sólidos princípios que o guiam. Essa "luz interior" é que, logo após o desencarne, irá distinguir um ser livre de outro preso aos instintos e impulsos. A divindade que acompanha nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral, é Mãe Nanã. Nessa porta de passagem, ela atua sobre o nosso carma, conduzindo esta transição com calma e serenidade. Mãe Nanã Buruquê é a maleabilidade e a decantação, é a calma absoluta, que se movimenta lenta e cadenciadamente. Essa calma absorvente de Mãe Nanã, exige silêncio; descarrega e magnetiza o campo vibratório das pessoas, que se modificam, passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade. Mas, maturidade não é sinônimo de idade e idade não é sinônimo de sapiência nem de maturidade. Maturidade é sabedoria, é o desenvolvimento e o compartilhamento de virtudes, é o uso da razão, com simplicidade, harmonia, equilíbrio, amor e fé. O ser mais racional, guiado por princípios virtuosos, tem uma luz que se reflete em sua aura, dando-lhe um aspecto luminoso, sóbrio e estável, pois resiste aos contratempos que porventura surjam em sua vida. Essa luz se expande a partir de seu íntimo e fortalece sua aura. O ser racional, em sua velhice, é o pai e a mãe preocupado(a) com o bem estar de seus filhos e netos, que sabe se mostrar agradável aos jovens, por ser extrovertido, sem se tornar frívolo.... Os seres maduros têm sua religiosidade fundamentada em princípios abrangentes e consegue sublimar-se muito rapidamente após o desencarne. Desliga-se do plano material e busca seus afins nas esferas de luz. Já nos seres presos aos impulsos, sem maturidade, sua luz é exterior e varia conforme seu estado de espírito. O ser imaturo, quando atinge a velhice, começa a sofrer muito, por não possuir energias humanas para alimentar seu corpo emocional e acaba tornando-se apático, desinteressado, implicante etc. Sua luz vai se exaurindo com o advento da velhice, num processo oposto ao dos seres maduros. A luz de um ser é a sublimação de seu espírito humano, que irá se conduzir segundo os princípios divinos que regem toda a criação...

A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres, que, se emocionados, sofrem sua atuação, aquietando-se e chegando até a ter suas evoluções paralisadas. Ela age decantando-os de seus vícios e desequilíbrios mentais e preparando-os para uma nova vida, mais equilibrada. De todos os orixás, Nanã é quem tem um dos mistérios mais fechados, pois seu lado negativo é habitado por entidades com um poder enorme e como orixá é fechada às pesquisas de sua força ativa. Ela desfaz os excessos e decanta, ou enterra, os vícios. Ela é a maleabilidade e a decantação, pois é uma orixá água-terra. É cósmica, dual e atua  por atração magnética sobre os seres cuja evolução está paralisada e o emocional desequilibrado. Ela desparalisa o ser, decanta-o de todo negativismo, afixa-o no seu barro, deixando-o pronto para a atuação de Obaluayiê, que o colocará numa nova senda evolutiva. Ela é a divindade ou o mistério de Deus que atua sobre todos os espíritos que vão reencarnar, pois decanta todos os seus sentimentos, mágoas e conceitos e os adormece, para que Obaluayiê reduza-os ao tamanho de feto no útero da mãe que os reconduzirá à luz da carne. Mãe Nanã envolve o espírito que irá reencarnar, em uma irradiação que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. Por isso, ela é associada à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas da sua vida carnal. Ela atua na memória dos seres, adormece os conhecimentos do espírito, para que eles não interfiram com o destino traçado para a encarnação. Como orixá, sua manifestação é através de movimentos lentos e cadenciados, porque traz em si uma energia e magnetismo muito forte. Nanã é uma guardiã que tem seu ponto de força natural, nos lagos, mangues, rios caudalosos e nos deltas e estuários dos rios. Seu campo de ação está localizado nos lagos; tudo ali traz uma calma, uma tranqüilidade que não é encontrada nos outros pontos de força da natureza. No lado místico, Nanã é a divindade que acompanha nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral. Nessa porta de passagem, Nanã, atua sobre nosso carma, conduzindo esta situação com calma, para que o espírito não tome conhecimento da sua transição de um plano vibratório a outro. Nanã é também guardiã do ponto de força da natureza que absorve as irradiações negativas que se acumulam no espaço, criadas pelas mentes humanas nos momentos de angústia, dor ou ódio. Nanã Buruquê é dual porque manifesta duas qualidades ao mesmo tempo. Uma vai dando maleabilidade, desfazendo o que está paralisado ou retificado, a outra vai decantando tudo e todos os seus vícios, desequilíbrios e negativismos. Ela desfaz os excessos e decanta ou enterra os vícios. Nanã Buruquê forma com Obaluayiê um par natural; são os orixás  responsáveis pela evolução dos seres. Se Obaluayiê é estabilidade e evolução, Nanã, é a maleabilidade e a decantação que polarizada com ele e, ambos, dão origem à irradiação da Evolução. Ela atua também na linha da vida, que no início tem Oxum, estimulando a sexualidade feminina, no meio tem Yemanjá, estimulando a maternidade e no fim tem Nanã, paralisando a sexualidade e a geração de filhos, quando se instala a menopausa. Nanã, é um dos orixás mais respeitados no ritual de Umbanda, por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espíritos encarnados tentando trilhar a senda da luz. Os santuários naturais, pontos de força regidos por  nossa mãe Nanã Buruquê (os lagos), têm seu próprio campo magnético absorvente poderosíssimo, que varia de sete a setenta e sete metros, a partir das margens. Ali reina a calma absoluta, característica que é própria de Nanã, que se movimenta lenta e cadenciadamente, porque traz em si uma energia e um magnetismo muito fortes.

Nanã Buruquê é a maleabilidade e a decantação e atua por atração magnética sobre os seres com evolução paralisada e emocional desequilibrado. Essa calma absorvente exige silêncio e descarrega e magnetiza o campo vibratório das pessoas,  que se modificam, passando a  agir com mais ponderação e equilíbrio. Ela desfaz os excessos, decanta o negativismo e os vícios e os afixa no seu barro. Nanã, quando vibra à esquerda, no seu lado negativo, é a guardiã do ponto de força das águas estagnadas. A ação negativa das águas paradas pode tirar o equilíbrio de uma pessoa, de uma só vez, provocando desequilíbrio e doenças espirituais, ao atuarem através dos líquidos do corpo humano. O seu ponto de força, quando orientado para nos auxiliar, é absorvente, mas, quando voltado contra nós, é destrutivo, desarmonizador e desequilibrador. Nanã é também a guardiã dos deltas e estuários, locais em que os rios são absorvidos pelo mar. Ela é a Guardiã do ponto de força da Natureza que absorve as irradiações negativas, tanto as que são trazidas pelas correntes magnéticas ao redor da litosfera, quanto as forças negativas criadas pelas mentes humanas. Esses pontos são como pára-raios, que descarregam todas as irradiações captadas.

(*) Veja o texto na íntegra no Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista Lurdes de Campos Vieira (Coord.) – Madras Ed.

  http://www.seteluzesdivinas.org

Pai Oxumaré.

Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira   


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Renovar significa tornar novo, modificar, recomeçar, brotar. A renovação dos seres é o campo preferencial do Orixá Oxumaré, que é representado pelo Sagrado Arco-Íris. Pai Oxumaré é a renovação contínua, em todos os sentidos da vida de um ser. É também a renovação das religiões, que faz com que, de tempos em tempos, sejam criadas novas formas de cultuar as Sagrados Divindades de Deus, mais de acordo com cada época e cultura. Renovação é aperfeiçoamento constante e, para isso, não podemos cultivar tristezas nem mágoas. O que importa é, principalmente, a renovação do nosso íntimo, com disciplina, trabalho e consciência tranqüila, para nos conectarmos com Deus e divinizarmos o nosso espírito.
Aperfeiçoamo-nos a cada dia, curando os nossos defeitos, aprimorando as nossas ações e purificando os nossos sentimentos e emoções.

Para que aconteçam as renovações, Pai Oxumaré atua lenta e sutilmente na vida dos seres, diluindo sentimentos, atitudes e uniões desequilibradas, direcionando-os, até que descarreguem os acúmulos de energias negativas, reequilibrando-os. Muitos vêem a religião como escape, achando que ela os livrará de dificuldades e provações, mas não fazem nenhum esforço para mudar radicalmente suas vidas. Olham apenas as desvantagens e provações presentes e esquecem as realidades eternas.Temos o poder de escolha e o que queremos ser depende de nós. Ninguém está isento de dificuldades, mas quem recebe a palavra de Deus no coração e renova seu íntimo, seus sentimentos e suas atitudes, quando vem a aflição, não se torna inquieto, sem confiança e nem desanimado.
Encontramos Deus na alegria da natureza, no canto, na música, na dança, na fartura do alimento comum, no amor aos semelhantes, na benção do ancião, no sorriso da criança, no amor do casal feliz ou no trabalho diário. ...


Pai Oxumaré é um dos orixás mais conhecidos, e no entanto é o mais desconhecido dos orixás dentro da Umbanda, pois os médiuns só cultuam a orixá Oxum, que na linha do Amor ou da Concepção forma com ele a segunda linha de Umbanda. O Divino Trono da Renovação da Vida é a divindade unigênita de Deus que é em si mesmo o Orixá que tanto dilui as causas dos desequilíbrios quanto gera de si as condições ideais para que tudo seja renovado, já em equilíbrio e harmonia. Ele desfaz o que perdeu sua condição ideal de existência e deve ser diluído para ser reagregado em novas condições.

Pai Oxumaré é um orixá temporal, cósmico, ativo e sua atuação é alternada, pois dilui todas as agregações que perderam suas condições ideais ou estabilidade natural e seu fator renovador renova um meio ambiente, uma agregação, uma energia, um elemento e até os sentimentos íntimos dos seres. Oxumaré é o orixá que rege a sexualidade e seu campo preferencial de atuação é o da renovação dos seres, em todos os aspectos. O aspecto positivo de Oxumaré, que nos chega através das lendas dos orixás, é que ele simboliza a renovação. Isto é verdadeiro. E o aspecto mais negativo é que ele é andrógino, ou parte macho e parte fêmea. Isto não é verdade. Uma divindade planetária não tem qualidades bissexuais. ...

Oxumaré é identificado com Dã, a Serpente do Arco-íris, pois irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E ele atua nas sete irradiações como elemento renovador. Oxumaré é a renovação do amor na vida dos seres. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi substituído pelo ciúme, cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que  é diluidora tanto da paixão como do ciúme. Na linha da fé, se alguém não está evoluindo em uma religião ou doutrina, ele atua no emocional do ser, anulando em seu íntimo a atração que ele sentia por aquela religião, conduzindo-o a outra, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto.  Esse Pai dilui conhecimentos ultrapassados sobre Deus e suas Divindades e renova o entendimento e a interpretação sobre elas, devolvendo os orixás aos domínios de Deus e renovando-os na mente e nos corações dos fiéis. ...

Renovação, eis  a palavra chave que bem define o divino Oxumaré que, em seu aspecto negativo, tem um mistério chamado por nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos Tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho reto e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte.
(*) Veja o texto completo no Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista Lurdes de Campos Vieira (Coord.) – Madras Ed.